domingo, 6 de janeiro de 2013

Disponíveis

De momento não existem geckos disponíveis.



Links

Não falta informação na Internet sobre estes geckos, mas deixo aqui apenas os sites que mais utilizo.

Fórum Arca de Noé - Um dos fóruns mais movimentados em português. Óptimo para colocar dúvidas e partilhar informação. Também tem zona de classificados.

Geckos Unlimited - Excelente fórum em inglês.

Pangea Reptile - Outro excelente fórum em inglês! Bastante movimentado.

Repashy Super Foods - Site inglês onde costumo comprar o MRP. Bastante fiáveis e rápidos!

Mon Animal - Site espanhol de venda de equipamento para terrários entre outras coisas relacionadas.

Girafa Online - Loja online portuguesa de equipamento.

Vet Oeiras - Veterinário que trabalha com répteis, na zona de Oeiras.





Recursos

Pretendo deixar nesta área alguns links para sites ou fóruns onde se possa encontrar informação adicional sobre esta espécie de geckos. Infelizmente muitos dos links irão direccionar-nos para sites em inglês devido à falta de informação sobre estes geckos em português.
Todos estes links são utilizados por mim, por isso a informação lá colocada, em princípio, será de confiança.

Ficará também um link de contacto para dúvidas ou sugestões e uma área para Correlophus ciliatus disponíveis. Caso haja algum gecko que estejam interessados, contactem-me para saber mais pormenores.


foto por Baltus15 @ Flickr





Genética

Ao contrário dos seus "primos" mais conhecidos, os geckos leopardo, os geckos da Nova Caledónia não têm a sua genética ainda completamente estudada e definida. Ou seja, enquanto nos geckos leopardo e em algumas serpentes, se soubermos a linhagem dos pais, temos matematicamente uma percentagem certa da ocorrência de certas morphs nas crias, nos ciliatus isso não acontece. Um casal com manchas dalmatian pode ter crias sem essa característica. Claro que as hipóteses de as morphs passarem de progenitores para crias são grandes, principalmente se essas morphs já vierem dos progenitores dos progenitores, mas nunca podemos ter certeza dos resultados.
Por isso o melhor é mesmo aguardar os resultados e esperar por surpresas.

Quantos às morphs em questão... são muitas e se calhar mereciam um site só para elas! Neste momento posso indicar um fórum muito bom onde se pode encontrar as descrições das várias morphs.

Guia de morphs.

O fórum está em inglês, mas a informação está toda lá!


foto por Nimro @ Flickr






sábado, 5 de janeiro de 2013

Crias

As crias de ciliatus eclodem normalmente com 1 ou 2 gr de peso e são extremamente frágeis e pequenas, mas atenção, mesmo com esse tamanho saltam e fogem com bastante velocidade, por isso é necessária muita cautela quando se manuseiam crias. Assim que eclodem as crias normalmente mudam pela primeira vez de pele. É normal que isto aconteça mais umas vezes nas primeiras semanas.
As crias vêm preparadas para resistirem uns dias sem comer, mas convém ter desde logo à sua disposição uma tampa rasa de refrigerante com MRP e outra com água, assim como uma caixa de arrumações pequena ou um faunário médio para servir de terrário provisório, este não deve ser muito grande para que as crias encontrem com facilidade o alimento. Devem ser disponibilizadas o mesmo número de recipientes com alimento que o número de crias no terrário.

As necessidades das crias são parecidas com as dos adultos, ou seja, um terrário com ramos e plantas para servirem de esconderijo durante o dia, humidade entre os 60 e 90%, temperaturas entre os 20 e 27º, mas há que ter atenção ao substrato pois não é NADA aconselhável ter qualquer tipo de terra como substrato, devendo-se antes usar papel de cozinha. Não só é mais fácil controlar a alimentação dos animais como eliminamos o risco de impactação. Nunca colocar mais de 3 crias juntas pois assim torna-se complicado controlar possíveis problemas de saúde.
Quanto à alimentação, pode ser suplementada com micro grilos ou pequenas baratas (nunca maiores que o espaço entre os olhos do gecko), mas mais importante é que a cria se alimente do MRP.
Mal as crias atingam 6 a 8 gr de peso ou antes, caso surjam problemas de agressão, devem ser separadas e colocadas em terrários individuais com condições semelhantes às descritas acima.


foto por Florence Ivy @ Flickr


Ovos

Assim que a fêmea puser os ovos, estes devem ser retirados, sem os virar, e colocados num recipiente que sirva de incubadora.
Uma pequena caixa ou tupperware com vermiculite, substrato/solo ou SuperHatch da Repashy, tapada e com uns furos na tampa, pode servir como incubadora. O substrato deve ser húmido e manter a humidade. Os ovos desta espécie de gecko não necessita de temperaturas altas e os ovos eclodirão se mantidos à temperatura ambiente. Temperaturas mais quentes podem fazer os ovos eclodir 2 meses e pouco após a postura e temperaturas mais frias poderão estender esse período até aos 4 meses ou mais.

Semanalmente convém arejar o recipiente pois a humidade pode criar fungos ou bolor nos ovos, nessa altura deve-se limpar o excesso de humidade nas paredes do recipiente. Qualquer ovo que esteja notoriamente estragado deve ser removido. Quando se aproximar a altura da eclosão, deve-se verificar os ovos diariamente.
Normalmente ovos da mesma postura eclodem num espaço de um dia, por isso assim que um "sair cá pra fora" podemos calcular que o outro está para sair também (há excepções).
 


Procedimentos

Antes de mais há que garantir que o casal, ou grupo está preparado para se reproduzir.
Para iniciarmos este processo teremos de ter um casal ou, de preferência um trio, onde o macho possa dividir a atenção entre fêmeas.

Como distinguir um macho duma fêmea?

Bem, em idade adulta é fácil, o macho tem poros pré anais bem visíveis e um "alto" na base da cauda. Não há como enganar! A fêmea tem o ventre liso.
Normalmente estas diferenças só se começam a notar apartir dos 6 meses, sendo que antes disto é arriscado fazer um palpite acerca do sexo do gecko.
 

fêmea - foto de D.D. Reptiles

 
macho - foto de D.D. Reptiles


Os animais têm de ter atingido a sua maturidade, ou seja, têm de ter no mínimo 25 gr de peso o macho e 35 gr a 40 gr a fêmea. Isto é muito importante, porque uma fêmea com menos peso não vai estar preparada para este processo e vai acabar por colocar em risco a sua vida e a das possíveis crias!
Convém também referir que os animais envolvidos não dever ter uma grande diferença de peso. Uma fêmea de 50 gr pode facilmente agredir um macho de 25 gr ou vice-versa.

Os ciliatus normalmente entram na época de acasalamento quando as temperaturas no habitat sobem ligeiramente. Para nós será por volta da Primavera. Nessa altura pode-se juntar macho e fêmea(s) durante algumas semanas/meses. Normalmente não demorará muito a passarem à "acção" e passado umas semanas vai-se notar no perímetro da fêmea que ela tem ovos.
Cerca de um mês após a copula, a fêmea irá começar a buscar um substrato onde enterrar os ovos. Convém que lhe dêem acesso a uma "caixa de postura", principalmente se tiverem a fêmea num terrário sem substrato. A caixa consistirá apenas num pequeno tupperware com Eco Terra húmida ou outro substrato idêntico e com uma tampa que permita à fêmea entrar e, em segurança, enterrar os ovos. Caso tenham substrato natural no terrário podem dispensar a "caixa", mas arriscam a que as crias quando nascerem sejam comidas pelos pais...

As fêmeas põem em geral 2 ovos a cada 30 dias durante vários meses, visto que fazem retenção de esperma uma só copula pode dar para porem ovos o ano inteiro! Claro que é altamente desaconselhável que isso aconteça pois o esforço será demasiado para a fêmea. Aconselho vivamente a que se baixem as temperaturas e se separe o casal de modo a desincentivar a fêmea a continuar a pôr ovos.

Após as posturas, tem de se controlar muito bem a alimentação da fêmea de modo a que ela recupere do esforço despendido.



Reprodução


Antes de mais a reprodução não é um passo indispensável quando adquirimos estes (e outros) répteis. Podemos manter estes animais durante anos sem nunca tentar reproduzi-los. Um grupo só de fêmeas, por exemplo, pode ser bastante interactivo e dinâmico.
Obviamente, todos vemos a reprodução dos nossos animais em cativeiro como o culminar da nossa experiência com eles, e é de facto uma sensação muito boa quando isso acontece com sucesso, mas antes há que pensar em certas coisas. 
Tal como a reprodução em cativeiro de qualquer animal, especialmente répteis, há alguns factores que temos de ter em conta.

- Primeiro de tudo espaço e dinheiro. Uma fêmea pode ter mais de 15 crias num ano e apesar de as crias poderem ser colocadas em pequenos grupos nas primeiras semanas de vida, não demorará muito a terem de ser separadas em grupos menores e, poucos meses depois de nascidas, separadas em terrários individuais para os machos. Terrários individuais requerem termómetros, higrómetros, ramos, plantas, etc. tudo isso tem custos e ocupa (muito) espaço.

- Tempo e pesquisa. É necessário tempo para cuidar de tantos animais, controlar a alimentação, temperaturas e humidades é crucial e é necessário muita pesquisa. Podem surgir problemas e temos de estar preparados!

- Não é fácil "livrar-nos" de mais de uma dezena de geckos. Ao contrário de cães e gatos que quase toda a gente gosta, répteis não são tão apreciados e mesmo as lojas muitas vezes não aceitam os animais com medo que os custos da sua manutenção não os tornem rentáveis.

- Há que ter cuidado com os animais que reproduzimos. A variedade genética desta espécie em cativeiro é muito limitada. Se tivermos um gecko com alguma característica menos apreciada não aconselho a sua reprodução, pois estará a enfraquecer a genética da espécie. Pode ser à mesma um animal de estimação fenomenal!

- É preciso atenção extra às fêmeas neste processo. A reprodução é uma função extenuante que exige bastante das fêmeas. Há que garantir que o animal está preparado para ultrapassar este período sem problemas.

- Aconselho, antes de se considerar reproduzir esta espécie, manter durante um ano ou mais, um ou dois espécimes para nos familiarizarmos com as necessidades e características destes geckos. Idealmente adquirir um juvenil e mantê-lo até se tornar um adulto saudável. Assim, pelo menos, temos a certeza que sabemos cuidar das versões adultas destes animais, o que é um passo importante para mais tarde manter as crias.

Se depois de considerarem estes factores, acreditam que têm condições para avançar, então força! Vou tentar ajudar no máximo que puder.


Alimentação

Para mim, a maior vantagem dos ciliatus em relação a grande parte dos geckos e outros répteis e uma das coisas que me fez optar por eles.
Não necessitam de alimento vivo!

Uma dieta à base de MRP (meal replacement powder) é tudo o que necessitam para crescer saudáveis, activos e robustos. O produto pode ser comprado online (eu compro aqui ) e consiste num pó que se mistura com a água (1 parte de pó para 2 de água em volume) até se conseguir uma consistência semelhante a um batido. Pode-se então guardar esse batido uma semana no frigorífico enquanto se vai dando ao gecko a sua dose dia sim dia não. O pó aguenta anos no frigorífico (vem com a validade na embalagem).

Para evitar desperdícios ou lutas, aconselho a colocar numa tampa de refrigerante ou num recipiente de volume idêntico, o equivalente a uma colher de sobremesa e colocar um destes recipiente por gecko (caso tenham um terrário comunitário).
Há geckos que comem mais, outros menos... pode-se então modificar a dose conforme o apetite do gecko.

Para além deste MRP, pode-se suplementar a alimentação com alimento vivo. Há animais que adoram e há outros que não ligam nenhuma. Uns conselhos:

- Sempre que derem alimento vivo, pulverizem-no com cálcio e tenham a certeza que foi gutloaded* anteriormente.
- Evitar dar alimento vivo em substratos com elementos que possam ser engolidos! Os ciliatus são caçadores trapalhões e muitas vezes mordem mais substrato que grilo. É melhor retirar o animal para um recipiente limpo e dar aí o alimento.
- Nunca dar grilos ou baratas grandes demais para o gecko. O alimento não deve ter mais de comprimento do que o espaço entre os olhos do gecko.
- Larvas com muita quitina não são a melhor opção e as que têm alto nível de gordura devem ser dadas esporadicamente.

Para além de alimento vivo também se pode dar algumas frutas desfeitas como suplemento. Eles normalmente gostam de mangas, maçãs, pêras, figos,... mas atenção, nunca dar citrinos!

E, muito importante, nunca, mas NUNCA dar papa de bebé em vez do MRP!! A papa de bebé está feita para bebés e não para geckos! Não tem os nutrientes necessário e tem níveis de açúcar exagerados que, para além de não fazerem bem ao gecko, fazem com que ele se "vicie" e depois rejeite o MRP.


(*) Algumas horas antes de se alimentar qualquer réptil com qualquer tipo de alimento vivo, devemos garantir que os insectos que vamos dar ao réptil ingeriram uma dose substancial de nutrientes para que o seu valor nutricional esteja no máximo.

Manuseamento

Antes de mais devo deixar claro que nenhum réptil gosta de ser manuseado!

Ao contrário, por exemplo, dos mamíferos, os répteis em geral e os geckos em particular, não sentem necessidade de contacto ou afecto podendo viver toda a sua vida sozinhos sem sofrer de solidão ou falta de "amor".
Na Natureza, os geckos da Nova Caledónia não são animais sociais, não vivem em grupo e podem até comer as suas crias se estas tiverem o azar de se cruzar com os progenitores pouco tempo depois de terem saído dos ovos. Só para lutar, alimentar-se e, durante um breve período no ano, para acasalar, estes geckos interagem entre eles. De resto, é cada um por si!

Como é natural, como nós somos humanos e gostamos de contacto com os nossos animais de estimação, temos a tendência de "humanizá-los" e acreditamos que o nosso réptil gosta de nós. Caímos sempre na tentação de pegar neles e manuseá-los.

Felizmente este gecko é dos répteis que melhor tolera esta nossa necessidade! Ao contrário de camaleões e outros répteis que stressam com facilidade se pegados e tirados do terrário, os ciliatus podem ser manuseados com alguma frequência sem stressarem.
Deixo apenas alguns conselhos:

- Evitar ao máximo pegar num gecko acabado de chegar. Eles precisam de tempo para se adaptarem ao novo ambiente e é normal passarem uma ou duas semanas escondidos, quase sem comer, até se habituarem.

- Sempre que pegarem num destes geckos, façam-no próximo do chão ou de uma mesa para evitar que eles saltem da mão direitos para o chão e se aleijem. São animais que, não sendo muito rápidos, saltam com muita facilidade e frequência!

- São animais frágeis! É necessário algum cuidado a manuseá-los.

- Não exagerem! Tudo o que for mais de 5 ou 10 minutos dia sim dia não, pode acabar por stressar o animal sem necessidade.

- Há geckos e geckos... há uns que se habituam mais facilmente a nós e outros que por muito que peguemos neles vão sempre tentar fugir. É melhor evitar mexer muito nos mais ariscos pois terão mais tendência a stressar.


foto por batwrangler @ Flickr





sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Iluminação

Tal como acontece com todos os animais nocturnos, os geckos da Nova Caledónia não necessitam de iluminação especial (UVB) durante o dia. Podem, no entanto utilizar alguma iluminação, não muito forte, se não for possível receber alguma luz do sol e tiverem plantas naturais que necessitem de luz, mas o gecko estará normalmente escondido durante o dia e não vai usufruir de nenhuma vantagem em ter luz para além da necessária para fazer o ciclo dia/noite.

Durante a noite podem adquirir uma lâmpada de luz nocturna (incandescente ou LED) que simule a luz da lua. Mais uma vez, não vai trazer grande vantagem ao gecko, mas pode-nos permitir observá-lo sem interferir com o seu comportamento.


Humidade

A humidade deve ser mantida entre os 60% e os 90% ao longo do dia/noite. O terrário deve ser ventilado o suficiente para que os níveis de humidade flutuem dentro destes valores.
Pode-se comprar sistemas mais complexos como foggers ou sistemas de chuva artificial para atingir estes níveis mas normalmente uma borrifadela pesada ao início do dia e outra ao início da noite devem ser suficientes para atingir estes valores.
De notar que plantas e substratos naturais ajudam a manter os valores de humidade mais estáveis.
Aconselho vivamente a não utilização de cascatas ou outras engenhocas do estilo porque acabam por se tornar um fonte de fungos e bactérias para além de se estragarem com muita facilidade.


plantas naturais ajudam a manter a humidade






Aquecimento

Uma das grandes vantagens destes geckos é que, salvo raras excepções, não precisam de aquecimento. A temperatura média duma casa serve perfeitamente para manter estes animais sem grandes problemas.

Idealmente devem ser mantidos entre os 22º e os 26º mas durante o Inverno podem tolerar sem grandes problemas temperaturas até aos 14/15º notando-se, claro, uma certa diminuição de apetite e actividade.
No Verão, por outro lado, temos de ter muito mais cuidado com a temperatura porque os Geckos da Nova Caledónia são muito menos tolerantes ao calor! Pontualmente aguentam algumas horas com temperaturas ate 31º, mas tudo o que for acima deste valor e/ou por tempo mais prolongado causam bastante desconforto aos animais podendo mesmo levar à sua morte!

Convém pois colocar o terrário num sítio onde se evite a luz directa do Sol e se não tem meios de garantir que a temperatura do terrário não subirá acima dos 30º, não adquira um destes geckos!



Ambiente

Os Geckos da Nova Caledónia vivem num ambiente tropical temperado onde as temperaturas nunca descem muito abaixo dos 10/11º nem sobem muito acima dos 26/27º durante quase todo o ano. No seu habitat são encontrados tanto ao nível do mar como em altitude.


foto por sekundo @ Flickr











Terrário

O terrário ideal para os Geckos da Nova Caledónia terá de ter mais altura que comprimento ou largura, visto serem uma espécie arborícola. Estes geckos não precisam de muito espaço, pois não são especialmente grandes, por isso um terrário tipo Exoterra 45x45x45 poderá albergar um espécime sem problemas. Para juntar mais geckos, teremos de aumentar um pouco o espaço... um Exoterra 60x45x60, por exemplo, poderá servir para 2 geckos.

O terrário deverá ter vários ramos e vegetação (artificial ou natural) que sirva de esconderijo ao gecko durante o dia e onde ele se possa sentir seguro.
O substrato tanto pode ser natural (húmus, por exemplo) como papel de cozinha, depende do aspecto que pretenderem dar ao habitat.

Um substrato tropical dá um aspecto mais natural ao terrário mas tem de se ter atenção quando (ou se) alimentarmos o gecko com alimento vivo pois existe o perigo de impactação.
Se optarem por papel de cozinha não correm riscos e podem facilmente controlar se o animal está a alimentar-se ou não, pelos dejectos que são fáceis de detectar, mas o aspecto não será tão bonito.

A ventilação também é importante, pois os níveis de humidade devem descer durante o dia para impedir o aparecimento de fungos.


terrário vertical de 1m de altura


terrário vertical + exoterra 60x45x60







Manutenção

Os geckos da Nova Caledónia são dos répteis mais fáceis (e económicos) de manter. Salvo raras excepções não necessitam de aquecimento, não necessitam de iluminação e podem ser alimentados sem recurso a alimento vivo. São, na minha opinião, mais fáceis de manter que os próprios geckos leopardo ou dragões barbudos.
Devido ao seu tamanho e natureza, os Geckos da Nova Caledónia devem ser mantidos em terrários verticais relativamente grandes de ambiente tropical.
Os machos devem viver isolados de outros machos e de fêmeas (a não ser para reproduzir), sendo que as fêmeas podem viver em pequenos grupos. Atenção que mesmo num grupo de fêmeas podem haver agressões! Se isso acontecer os animais devem ser separados de imediato e colocados em terrários individuais.


foto por Sleepofapples @ Flickr





Biografia

Originalmente descritos e estudados em 1866, os geckos da Nova Caledónia (ou geckos "crestados" como às vezes são denominados) julgavam-se extintos desde o início do séc.XX até que, após uma tempestade tropical, dois grupos de investigadores "redescobriram-nos" noutra ilha da Nova Caledónia.
Vários espécimes foram trazidos para os Estados Unidos e Europa e, devido à facilidade de manuntenção e reprodução em cativeiro, não tardou muito para que começassem a invadir as lojas de animais tornando-se em pouco tempo um dos geckos mais procurados.

Os Correlophus ciliatus (antes Rhacodactylus ciliatus) são geckos nocturnos, arborícolas, de tamanho médio, podendo atingir até 20cm, e habitam as florestas da Nova Caledónia. São activos durante a noite/crepúsculo passando os dias refugiados dentro de cascas de árvores ou em folhagem mais junto ao solo. Os Correlophus ciliatus, ao contrário dos seus primos próximos Rhacodactylus auriculatus, não regeneram a cauda uma vez que caia, aliás, grande parte destes animais na Natureza, não têm cauda.

Acredita-se que vivam entre 15 a 20 anos em cativeiro e são dos poucos répteis que se deixam manusear com relativa facilidade pelos humanos, o que, juntamente com a facilidade de manuntenção e reprodução, as cores vivas, a personalidade, o tamanho e a sociabilidade, fazem deste gecko um dos répteis com mais sucesso entre os herpetocultores.


foto por Florence Ivy @ Flickr